Construção Civil


Data: 20/10/2011.
Escrito por Andre Matos da Silva (Investidor Autônomo)

As menores são as melhores


Aproveitando as oportunidades oferecidas pelo bom momento que a economia brasileira atravessa nos últimos anos, a construção civil destaque-se positivamente neste cenário pelo significativo e rápido crescimento apresentado.

Se focarmos especificamente no segmento de construções residenciais, é facíl perceber na cidade ou no próprio bairro que residimos, um grande aumento de novas construções em andamento.

Podemos salientar como fatores determinantes para o boom das construções, além do momento favorável que o país passa e serve de suporte para o desenvolvimento do setor, a expansão do crédito imobiliário oferecido pelos bancos aos consumidores e a redução gradual dos juros pelo Banco Central, que vem ocorrendo nos últimos anos.

Apoiada neste contexto, a escalada de preços dos imóveis não para de crescer e atrai a atenção dos investidores, desde os mais conservadores até os mais agressivos.

Como opção para quem procura maiores retornos e aceita correr riscos, apresenta-se o mercado de ações. Podemos comprar ações e ser donos de um pedacinho dos Condomínios Residencias da Alphaville, adiquirindo ativos da Gafisa, por exemplo. Também é possível realizar negócios com valores inferiores do que precisariamos ter disponvível, em relação a aquisição de um imóvel e sem a burocracia que isso exige.

Entretanto, quando falamos de Bolsa de Valores, o segmento é um dos mais sensíveis a perspectivas econômicas. Recomenda-se cautela. As ações costumam apresentar grande volatilidade e o investidor precisa estar preparado para eventuais oscilações.

A seguir apresento um quadro com o desempenho rescente das ações dos principais players do setor.

Empresa

Cod.

2011

Mês

JHSF

JHSF3

24,29%

4,32%

Helbor

HBOR3

4,11%

16,08%

EzTec

EZTC3

1,97%

12,50%

Brookfield INC.

BISA3

-24,52%

11,42%

MRV

MRVE3

-25,70%

11,71%

Rossi

RSID3

-27,99%

11,80%

Even

EVEN3

-29,59%

7,59%

PDG REALT.

PDGR3

-30,78%

9,11%

Rodobens

RDNI3

-39,66%

0,51%

Cyrela

CYRE3

-43,14%

15,36%

Gafisa

GFSA3

-47,66%

6,77%

Fonte: site https://www.fundamentus.com.br, 20 out. 11

 

Destaques

Eztec – Apesar do crescimento mais consevador de receita nos últimos anos, a companhia figura com a melhor opção de investimentos no setor. O baixissímo nível de endividamento e margens elevadas a fazem ascender ao topo.  O bom desempenho financeiro é refletido na valorização de suas ações, 1,97% em 2011, comparado a queda do ibovespa de –21,32%.

JHFS – Os bons fundamentos e a boa distribuição de dividendos a qualificam com ótima opção de investimento para o setor. A subida de 24% de suas ações 2011 é fantástica.

Helbor – Em janeiro de 2009 suas ações chegaram a valer R$ 2,21, hoje são negociadas à R$ 21,01.

 

Em baixa

Gafisa e Cyrela – Destacam se negativamente no setor, pois além de estarem sobrevalorizadas, apresentam um série de indicadores desfavoráveis.

Rossi e Rodobens – Apresentam uma relação dívida/patrimonio líquido elevada, o que é arriscado para o momento turbulento da ecônomia global.

 

A ata do Copom, que reduziu os juros para 11,50% ao ano nesta última quarta-feria, trouxe um novo vigor para o setor. A expectativa é que no curto prazo as ações do setor possam subir.

No Médio prazo o mercado voltará a enfrentar novas incertezas provocadas por dúvidas em relação ao impacto da crise da dívida européia e a possível redução do crescimento dos príncipais mercados globais. Neste contexo, estarão melhor posicionadas as companhias com pouco endividamento.

No longo prazo, a demanda interna deverá dar suporte para o crescimento do setor.

 

Bons negócios a todos!